ASSPROM | Confira algumas dicas para retornar às atividades presenciais com segurança
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Confira algumas dicas para retornar às atividades presenciais com segurança

16:52 13 setembro em Noticias
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Em entrevista ao Jornal da Assprom, o médico infectologista Unaí Tupinambás, membro do Comitê de Enfrentamento da Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, fala sobre medidas sanitárias, estruturas das instituições e risco de transmissão do coronavírus no ambiente profissional. 

JORNAL DA ASSPROM: Como podemos avaliar em que momento Belo Horizonte está diante da pandemia?
UNAÍ TUPINAMBÁS: Analisando os indicadores de transmissão, a disponibilidade de leitos, a matriz de risco com a incidência do número de casos e levando em consideração o percentual de pessoas já vacinadas em Belo Horizonte e que, portanto, já possuem certo grau de imunidade, calculamos um índice de normalidade da situação, que tem permitido a flexibilização de algumas atividades, dentre elas atividades didáticas presenciais. 

JORNAL DA ASSPROM: A Prefeitura de Belo Horizonte liberou recentemente as aulas presenciais do ensino médio e salas com mais alunos. O senhor avalia este cenário seguro?
UNAÍ TUPINAMBÁS:
Diante da vacinação que está se avançando, da descoberta recente da variante Delta e das pessoas seguirem rigorosamente as medidas de segurança, podemos avaliar que é possível essa retomada gradual, tanto nas aulas quanto no trabalho presencial. As atividades devem acontecer de forma escalonada. O retorno pode acontecer com metade dos alunos em sala de aula e o restante com atividades remotas e a cada semana, o grupo fica alternado dando oportunidade para todos. Cada instituição terá que realizar as adaptações diante de sua realidade, mas mantendo todas as regras. Todo o cuidado é pouco mesmo com a flexibilização de todas as atividades. Caso o cenário piore, damos um passo para trás e ajustamos às normas mais rígidas.

JORNAL DA ASSPROM: Então, no caso da Assprom, realizar o escalonamento das turmas de Aprendizagem é uma boa iniciativa?
UNAÍ TUPINAMBÁS:
 É o principal a se fazer neste momento visando à segurança em sala. Se você tem uma turma com 30 adolescentes e diminui para 8 ou 10, cada um ficando em 4m2, a possibilidade o contágio será muito menor. A ideia é tentar reduzir danos. As turmas divididas e os jovens frequentando a Assprom em dias alternados irá facilitar o cumprimento dos protocolos de segurança em saúde mais facilmente.

JORNAL DA ASSPROM: Seguindo a liberação da PBH e as normas básicas de segurança e medidas de prevenção, a Assprom, aos poucos, retoma as atividades presenciais. Quais os protocolos de segurança devem ser adotados pela entidade neste momento de retorno presencial?
UNAÍ TUPINAMBÁS: Para retomar as atividades presenciais em segurança é necessário que as instituições sigam corretamente as medidas de proteção como o uso de máscaras, distanciamento social, medição de temperatura e utilização de álcool em gel. Caso haja ar-condicionado ele tem que ficar desligado para que as janelas sejam abertas e o ventiladores ligados, para facilitar a circulação do ar e evitar a propagação do coronavírus. É importante que a limpeza das salas sejam realizadas com mais regularidade e a cada entrada e saída e adolescentes. Além disso, é interessante que as educadoras sociais já tenham tomado ao menos a primeira dose da vacina e elas também devem se proteger com a utilização de máscaras faciais para minimizar o contágio. É valido também o adolescente utilizar, ao menos, duas máscaras, uma máscara cirúrgica com outra de tecido por cima, pois reduz as chances de contaminação pelas variantes mais resistentes da COVID-19. Na hora do lanche, por exemplo, o recomendado é que os jovens lanchem em um local arejado, com espaço aberto, ao ar livre, evitando assim, o confinamento em um local fechado sem a utilização de máscaras. É muito importante também que as instituições fiquem atentas aos adolescentes que tenham algum tipo de sintoma. Outra boa iniciativa é adquirir um monitor CO2 por aproximação, para verificar o nível real de dióxido de carbono nas salas para monitorar a qualidade do ar interior.

JORNAL DA ASSPROM: Qual o distanciamento seguro contra o vírus?
UNAÍ TUPINAMBÁS:
O distanciamento recomendado, de um ou dois metros, só tem eficácia se o ambiente estiver ventilado. Em espaços fechados, este distanciamento não faz quase nada para impedir a disseminação do coronavírus. Quando se fala em distanciamento seguro, o mais importante é verificar o número de pessoas, se todas utilizam máscaras, e se o local está com adequado nível de ventilação.

JORNAL DA ASSPROM: Os jovens devem se preocupar com a transmissão do vírus ao tocar em maçanetas, mesas e cadeiras?
UNAÍ TUPINAMBÁS: O contágio pelo toque em uma superfície contaminada é menos frequente. Hoje sabemos que o coronavírus não se espalha facilmente simplesmente por tocar superfícies ou objetos, como maçanetas, cadeiras e mesas. É preciso considerar diversas situações, como a carga viral depositada em cada superfície, o material em questão, o tempo de permanência ali, as condições climáticas, etc. Isso não significa que é impossível pegar o vírus ao colocar a mão numa maçaneta e, depois, na boca ou nos olhos. A questão é que a probabilidade é muito baixa e higienizar as mãos de forma correta já é suficiente para bloquear essa via de transmissão. O coronavírus se propaga pela exposição do vírus ao ar e por meio do contato direto com outras pessoas, por isso, apesar de parecer repetitivo, o uso de máscaras e outras recomendações, como manter o distanciamento social, manter a limpeza normal com sabão ou detergente e buscar sempre lugares ventilados, continuam sendo prioridade e já reduz, consideravelmente, o risco de transmissão.

JORNAL DA ASSPROM: O que fazer caso o adolescente toque em uma superfície contaminada e, em seguida, leve a mão ao rosto?
UNAÍ TUPINAMBÁS:
 
Não tem nada o que se fazer inicialmente. Ele terá que aguardar para ver se apresentará sintomas. Apenas ao toque, a probabilidade é muito baixa, e higienizar as mãos de forma correta já é suficiente para bloquear essa via de transmissão.

JORNAL DA ASSPROM: Têm circulado pelas sociais várias informações alegando que o álcool em gel é ineficaz para prevenir a Covid-19. Qual é a real importância da utilização deste produto?
UNAÍ TUPINAMBÁS: Neste momento de pandemia é importante estar com as mãos sempre higienizadas, pois são uma fonte de transmissão do vírus. Quando não é possível lavar as mãos com água e sabão, o indicado é o uso do álcool em gel 70%. Essas duas opções são altamente eficazes no combate a propagação do vírus. Além disso, o álcool é um ótimo aliado para levar na bolsa e usar ao longo do dia.

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